sábado

 
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Apegar-se? Não faz sentido, uma vez que tudo é transitório, tudo é passageiro. Apegar-se é inútil. Tem-se que deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. É somente com o desapego que poderemos voltar a nossa essência, ter somente o que é da alma. Sermos o que somos. Viver aquilo que nos é proporcionado, sem estar preso ao medo de perder.
E para isso, não tem segredo. Apenas jogar fora, deixar para trás. Tem-se que esvaziar completamente a cabeça e o coração de qualquer tipo de coisa. Pois, na verdade, o ser humano tende a iludir-se, acreditando que só será feliz ao ter certa coisa. Mas assim tem-se o que quer, e não o que precisa. O homem precisa mesmo é de liberdade. Precisa ser quem é por essência, e não quem se construiu a partir de pessoas/coisas. Nada é insubstituível, nada é fundamental.
Voltar a ser tu. Não aquele em que te transformaste, um tanto de ti e um tanto de influências externas. Ser tu mesmo não é tão difícil.
Ser x ter nunca esteve tão em jogo.

Lendo esse texto sempre fico em dúvida em como fazer para se desapegar das coisas/pessoas...como fazer isso sem pareceremos frio?

terça-feira

Só pra você

 
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Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar.

PS: Saudades de ti, meu príncipe dos olhos cor de esmeralda.

Metamorfose Ambulante

 
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Prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo

Eu quero dizer
Agora, o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou...


Vamos fazer a diferença no mundo. Vamos deixar nossa posição estática e contribuir para um mundo melhor. Temos que dizer o que pensamos, que agir contra aquilo que está errado, sem nos preocupar se os outros vão nos achar malucos, pois como diria meu grande amigo Voltaire: "Somos todos malucos. Quem não quer ver malucos, deve quebrar os espelhos."

domingo

Menina Bolha

 
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Bem , quem já viu a reportagem do fantástico de 1975 do garoto da bolha, David Vetter, condenado por uma doença rara a viver em um ambiente estéril, semelhante a uma bolha de plástico, em um hospital de Houston-Massachusets ? Sim, aquele que vivia dentro de uma bolha especialmente projetada para ele. Ele não podia entrar em contato com o mundo exterior. Afinal, seu corpo não conseguia protegê-lo das bactérias, viroses e doenças.

Um amigo meu colocou o apelido em mim de “menina bolha” querendo fazer uma alusão ao menino do fantástico, devido ao fato de que, eu, desde de criança, fico doente com facilidade.Antes que levantem hipóteses...Não! Eu não tenho nenhuma doença imunológica e nem vivo em uma bolha. O problema é que sou alérgica a ácaros(poeira domiciliar) e fungos...ou seja quase tudo que vivemos constantemente rodeados. No começo fiquei com raiva dele por esse apelido, mas depois gostei! Quem sabe não seria bom mesmo ser uma menina da bolha? Pois dentro da bolha, nada nem ninguém pode lhe atingir. As falsidade, as desilusões amorosas, os descasos do outros, a indignação com as injustiças, os medos e principalmente o sofrimento. Existem épocas que realmente crio uma bolha pra mim...é como uma válvula de escape, uma fuga da realidade e, não pensem que viver numa bolha é uma tortura, não vou mentir... lá é um lugar bom! Lá quem manda sou EU, eu decido o que é certo e o que é errado...o meu único guia é a vontade de viver, de ser feliz. Só entra na minha bolha, as melhores lembranças, meus queridos amigos, meu lugar predileto, meus livros de cabeceira, as músicas que me fazem esquecer do mundo...Está terminantemente proibida a entrada de amores, principalmente os mal resolvidos.

Mas, apesar de ser tudo tão bom, chega um momento que cansa, tudo se torna tão igual e previsível que vira tédio. Assim, eu furo a bolha com uma agulha e volto para o mundo exterior. Na tentativa de procurar algo novo, algo que faça meu coração bater agitado, em ritmo de escola de samba.